– Excelência, a Rainha Elizabeth II acaba de falecer – informou o chanceler.
– E, daí? Eu não sou coveiro – Bolsonaro respondeu automaticamente como costumava responder às mortes dos quase 700.000 brasileiros pela Covid.
– Mas, presidente, desta vez o senhor precisa demonstrar alguma humanidade. Afinal de contas, quem morreu foi a rainha do Reino Unido e, não um brasileiro qualquer. Além do mais, estamos às vésperas das eleições e Lula já distribuiu uma nota de condolências.
O resto nós sabemos.
Acossado por estas palavras iniciais, sobretudo, pelo medo de Lula exibir fotografias das inúmeras vezes nas quais esteve com Elizabeth II, Bolsonaro deixou de lado o jeito-Bolsonaro-de-ser e, como um presidente da república deve fazer, além de decretar luto oficial e assinar o livro de pêsames na embaixada britânica, anunciou que viajaria a Londres para o funeral da monarca.
Acontece que, como todo mundo conhece o jeito-Bolsonaro-de-ser, este repentino comportamento diplomático e politicamente correto parece artificial (porque, de fato, é) e, como aconteceu agora com a PEC das Bondades (ou PEC da compra de votos, com chamam alguns), não vai ‘colar’.
Ninguém-muda-do-dia-para-a-noite e não vai ser Bolsonaro que vai mudar esta regra geral do comportamento humano.
Aliás, já escaldados com as vergonhas internacionais que Bolsonaro impôs ao País, os brasileiros temem por aquilo que o presidente Bolsonaro vai fazer e dizer em Buckingham. Será que vai comer com as mãos ou dizer muitos palavrões?
Os temores são muitos.
Graças à Deus os tempos de Bolsonaro estão chegando ao fim.
A partir de 1º de janeiro de 2023 o Brasil estará sob o comando de alguém a altura das necessidades e dos sonhos do Povo brasileiro.