A julgar pelo comportamento das tradicionais forças golpistas, a divulgação da mais recente pesquisa eleitoral do DataFolha, confirmando a provável vitória de Lula já no primeiro turno do pleito, fez brotar o desespero da turma do Capetão, que começou a mostrar até onde está disposta a ir para manter Jair Bolsonaro no Palácio do Planalto.
Os indícios são muito fortes.
A bancada de pastores azeitou a máquina de Fakenews para conduzir o gado evangélico – Malafaia, Macedo, Waldomiro, Soares e outros grandes gângsters do mundo religioso anunciaram a realização de ‘mega-cultos’ para louvar Jair Bolsonaro; os pastores foram orientados a espalhar que, ‘caso vença as eleições, Lula vai mandar fechar os templos evangélicos’; para não perder a corrida da mentira (acho que, na Bíblia dos evangélicos, mentir não é pecado), a pastora evangélica Damares Alves distribuiu filme dizendo que ‘Lula está ensinando as pessoas a fumarem crack’. É muita enganação junta.
Mas, não fica por aí.
Poderosos empresários da ultradireita – entre os quais, despontam Afrânio Barreira (Coco Bambu), Ivan Wrobel (W3 Engenharia), José Isaac Peres (Multiplan), Marco Aurélio Raimundo (Mormaii), José Koury (Barra World) e Luciano Hang (Havan) – passaram a conspirar abertamente, advogando a adoção de medidas extremas para sabotar a campanha de Lula e, mesmo, o golpe de Estado no caso da derrota de Jair Bolsonaro.
Nas hostes militares, na impossibilidade de fazer o Comando Militar do Leste participar do comício de Bolsonaro em Copacabana, no Rio de Janeiro, o general-ministro Paulo Sérgio Nogueira tratou de evitar a ‘concorrência’ dos eventos e conseguiu cancelar as comemorações militares do bicentenário da Independência na Av. Presidente Vargas, no centro da cidade.
Nada disso, no entanto, parece acalmar Jair Bolsonaro, que, com os nervos à flor da pele, já não controla as emoções e – como aconteceu ontem, no episódio conhecido como ‘Tchutchuca do Centrão’ -, diante de qualquer obstáculo, perde a compostura e, mesmo, parte para a agressão física dos opositores.
A situação tende a se agravar com a aproximação do pleito.
O que este pessoal fará quando, sem querer arriscar o segundo turno, os eleitores de Ciro Gomes migrarem para Lula? O Povo brasileiro precisa estar preparado para segurar a onda e enfrentar os golpistas sem perder as estribeiras.
Falta pouco para o Brasil se livrar disto. 2023 vem aí, trazendo o prenúncio de um tempo marcado pela retomada do crescimento econômico, pela reconquista de direitos e por avanços sociais.