Depois de uma vida inteira dizendo e fazendo bobagens, de uma hora para outra, Bolsonaro quer ser reconhecido como ‘homem de bem’ e passar a merecer o voto das pessoas.
Bolsonaro esquece que, em 2018, teria amargado a mesma rejeição se, por obra e arte da renovação do golpe de 2016, Lula não tivesse sido vítima do Lawfare que o deixou fora das eleições.
O Capetão Bolsonaro não nasceu para ser presidente da república e, sim [para ser] um moleque miliciano, talvez com destaque em cargo de terceiro ou quarto escalão numa torcida organizada qualquer.
Ao contrário dos líderes que, pensando num cargo futuro, guardam recato no presente, Bolsonaro sempre esteve ligado à esbórnia e à molecagem. Entre as pérolas registradas na sua boca afeita ao uso de palavrões – além de reconhecer a prática da zoofilia, a oferta de capim para os nordestinos, o orgulho de ter sido o único parlamentar a votar contra a PEC das domésticas, a se proclamar favorável à tortura, a dizer que seus filhos não namorariam negras pois tinham ‘sido bem educados’ -, destacam-se ‘a Ditadura matou pouco, deveria ter matado 30 mil’; ‘espero que a Dilma saia infartada ou com câncer’; ‘é preciso fuzilar os petistas’, ‘minha especialidade é matar’, etc.
Não. Bolsonaro não merece o votos das pessoas cultas ou bem informadas. Bolsonaro só merece o voto da turma do Capetão – um contingente desqualificado e de padrões morais tão baixos como ele próprio – e das pessoas iludidas na sua boa fé.
Imagino a vergonha que, no futuro, as pessoas vão sentir só em saber que, um dia Bolsonaro foi presidente do Brasil.