Embora tenha presidido o governo mais corrupto da história do Brasil, até pouco tempo, Jair Bolsonaro alardeava ser homem íntegro e, bem ao estilo característico dos mentirosos, desafiava a apresentação de provas que o desmentissem.
Apesar da basófia do ex-presidente, a cada dia surgem novas provas da sua corrupção pessoal e do gigantesco descaminho praticado no âmbito do programa de desestatização levado adiante por Paulo Guedes e sua patota.
As provas mais recentes da corrupção de Bolsonaro dizem respeito ao contrabando de joias recebidas em troca de deságio na avaliação da refinaria vendida a um fundo árabe por 40% do seu valor.
O mais interessante neste episódio é que, querendo fugir da acusação de reles ladrão do patrimônio público – sem dizer que os presentes no valor de R$ 16 milhões foram dados por grupo beneficiado com desconto de US$ 11 bilhões na privatização da refinaria feita um mês depois – Bolsonaro afirmou que o mimo recebido dos árabes pertenciam ao seu ‘acervo pessoal’, acrescentando que não era ‘nada de mais receber presentes’.
Ou seja: na cabeça de Bolsonaro, como é pessoal e ‘é normal receber presentes’, ao invés de joias, os árabes poderiam ter-lhe dado uma mala recheada com cédulas valiosas no montante de € 3 milhões. É muita cara-de-pau. De qualquer forma, diante do volume de provas, dificilmente Bolsonaro vai escapar das acusações e, em pouco tempo, devidamente condenado, será um ’corrupto na forma da Lei’.