Entre os maiores crimes, junto com o genocídio e a tortura, estão aqueles [crimes] que atentam contra a Democracia, que colocam em risco a vontade, o interesse e a segurança de um Povo.
No rol dos crimes contra a Democracia estão manipulação dos resultados eleitorais, o uso da mentira e das promessas vãs como instrumentos de convencimento nas campanhas eleitorais, a criação e disseminação das fakenews para desestabilizar a administração, a desobediência a governos legítimos e, claro, os golpes de Estado (inclusive aqueles aplicados sob formatos aparentemente legais).
Como, apesar da gravidade, não estão sujeitos a penas severas, em suas diversas modalidades, os crimes contra a Democracia vêm sendo cometidos de forma impune e, especialmente nestes últimos anos, com alguma frequência.
Lembro, por exemplo, o caso de Aécio Neves, que, em 2014, em gesto articulado com outros bandidos, questionou o resultado da eleições presidenciais e não reconheceu a vitória de Dilma Rousseff, dando início ao processo que, numa primeira etapa, levou ao golpe de 2016, alçando o liberalismo derrotado nas eleições anteriores ao poder e, no etapa subsequente, redundou na ascensão da extrema-direita e eleição de Jair Bolsonaro.
Observe que não haveria grande parte dos tormentos que atualmente afligem o povo brasileiro se não fosse o concurso de criminosos como Aécio Neves, Romero Jucá, Eduardo Cunha, Sérgio Moro, Eduardo Villas Bôas e Michel Temer (entre muitos outros – a lista é grande). Como não poderia deixar de ser, a impunidade destes criminosos estimula novos crimes.
Atualmente, tendo a permanência de Bolsonaro no Palácio do Planalto como bandeira, muitos criminosos se movimentam e, se não forem contidos a tempo, podem levar o Brasil à nova aventura ditatorial e às mazelas dela advindas.
Ontem, por exemplo, em gesto nitidamente golpista associado às manifestações que ‘exigem’ uma intervenção militar e similar àquele adotado por Aécio Neves em 2014, o ex-deputado Waldemar Costa Neto, presidente do Partido Liberal (agremiação de Jair Bolsonaro), anunciou que ‘não reconhece o resultado da eleição que consagrou Lula’.
Está claro que interesses espúrios se movimentam para atacar a Democracia brasileira, a qual precisa ser ardorosamente defendida, sob pena de o País ser tomado pelos bandidos.
Que o ministro Alexandre de Moraes seja implacável com aqueles que atentam contra a Democracia.
Eles não merecem dó ou piedade.