Aquilo que seria uma jornada de apoio aos imigrantes foi tratado pela administração Donald Trump como uma ameaça a estabilidade politica do país, justificando (ao governo nacional) a adoção de medidas próprias dos quadros de insurreição.
Com efeito, demonstrando sentir-se afrontado pela forma democrática como o governador da Califórnia Gavin Newsom vinha tratando a onda de simpatia aos migrantes e de repúdio ao brutal processo de deportação em massa – para reafirmar o ‘L’Etat c’est moi’ que o caracteriza ou, mesmo, para aproveitar um evento local para dar vazão a instintos autoritários -, o presidente Donald Trump resolveu agir.
Como se a California não tivesse governador e não houvesse uma lei proibindo o emprego de forças militares (incluindo Exército, Marinha, Força Aérea e Fuzileiros Navais) em ações policiais internas, Donald Trump determinou ao secretário de Defesa Pete Hegseth a mobilização da força nacional e mandou quase 3 mil dos fuzileiros navais baseados no Marine Corps Air Ground Combat Center, em Twentynine Palms, para ‘reforçar a Guarda Nacional’ (a qual, mediante Ordem Presidencial datada de 08 de junho de 2025, passou para o controle do Comando Norte das Forças Armadas dos EUA).
A medida, que inclui a autorização para o secretário de Defesa Pete Hegseth empregar “outros membros das Forças Armadas regulares, conforme necessário” e foi classificada pelo governador Gavin Newsom como “um comportamento insano”, transformou Los Angeles numa praça de guerra civil.
De sua parte, desdenhando a opinião do governador Gavin Newsom – o qual, depois de alertar que a presença militar agravaria as tensões e anunciar que a Califórnia vai processar o governo federal – Donald Trump defendeu a intervenção e afirmou estar preparado para enviar mais tropas, pois “Precisamos garantir que haverá lei e ordem”.
A cada dia que passa fica mais claro o tipo de Democracia praticada nos Estados Unidos.
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