Embora as pessoas costumem pensar de forma diferente, os mapas dos países não são linhas fixas.
Elas mudam com o tempo, segundo as movimentações ocorridas em si e no seu entorno.
Quem duvidar, que verifique as modificações ocorridas nas sucessivas edições dos Atlas.
Veja, por exemplo, o surgimento [de novos países] e o desaparecimento de países na África e na Europa.
A Iugoslávia desapareceu, dando lugar a Bósnia e Herzegovina, Sérvia, Croácia e Montenegro.
A URSS desapareceu dando lugar a Armênia, Azerbaijão, Bielorússia, Estônia, Geórgia, Cazaquistão, Quirguistão, Letônia, Lituânia, Moldávia, Rússia, Tadjiquistão, Turcomenistão, Ucrânia e Uzbequistão. A Ucrânia e a Rússia estão prestes a modificar as fronteiras.
O Vaticano encolheu as fronteiras e, hoje, cabe dentro de Roma.
Os Estados Unidos incorporaram o Havaí, a Califórnia (o estado mais rico daquele país com PIB de US$ 3,3 trilhões), San Diego, Porto Rico e um montão de países que, sem discutir, seguem as ordens de Washington e outros que já adotaram ou pensam em adotar o dólar como moeda nacional.
Assim, a iminente incorporação da região de Essequibo ao mapa da Venezuela não é algo tão extraordinário como alguns possam pensar.
Aliás, a disputa territorial com a Guiana da faixa de 160 mil quilômetros quadrados em torno do rio Essequibo é antiga e ganhou importância em função da recente descoberta de reservas petróleo e gás offshore.
Como se sabe, em referendo realizado em 03 de dezembro de 2023, a maioria esmagadora da região de Essequibo aprovou a sua transformação em um novo estado da Venezuela.
Desde então, o governo da Venezuela trabalha para formalizar a decisão através de uma lei para criar a província de Essequibo, já tendo nomeado seu governador e autorizado empresas nacionais a nela atuarem.
É certo que, como tudo na vida, a depender de que lado esteja, as modificações das fronteiras agradam a uns e desagradam a outros. Mas, isto faz parte da vida…
w
Leia mais em
www.alexandresanttos.com.br