Apesar de se dizerem seres inofensivos e clamarem por perdão e por anistia – como se quisessem uma espécie de atestado de ‘normalidade’ para as coisas que fizeram e quisessem salvo-condutos para futuras atitudes semelhantes -, Bolsonaro e seus comparsas são os mesmos de antes do Oito de Janeiro e, nesta condição, representam grande risco para a Democracia brasileira.
Ontem, por exemplo, em eloquente sinal de que permanece quem sempre foi, Jair Bolsonaro deu longa entrevista a órgãos da imprensa bolsonarista e, até onde eu fui informado, não pronunciou uma só palavra para lamentar a partida do Papa Francisco (a quem, à guisa de insulto, acusava de ser ‘esquerdista’ e ‘comunista’).
Mas, graças a Deus, o mundo não anda conforme o desejo da extrema-direita e, hoje, cumprindo a agenda definida há tempos, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) vai iniciar a apreciação do relatório da Procuradoria Geral da República (PGR) que denuncia os delegados da Polícia Federal Fernando de Sousa Oliveira e Marília Ferreira de Alencar, o ex-assessor para Assuntos Internacionais da Presidência da República Filipe Martins, o coronel da reserva Marcelo Câmara, o general da reserva Mário Fernandes, e o ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal Silvinei Vasques como integrantes do chamado ‘núcleo 2’ do plano golpista liderado por Jair Bolsonaro.
Esta patota era responsável pelo gerenciamento de ações para a consumação do golpe, e atuava em instituições de segurança pública e militar.
Da mesma forma como aconteceu com Jair Bolsonaro e os demais golpistas do ‘núcleo 1’, pouco importando a vontade dos ministros bolsonaristas Kássio Nunes Freire e André Mendonça, a patota do ‘núcleo 2’ também vai entrar na rota para a Papuda.
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