Nestes últimos dias, usando uma argumentação hipócrita, que mistura o discurso flácido dos economistas conservadores com a vontade de fazer malvadezas e contrariando o bom senso de livrar despesas sociais imprescindíveis de quaisquer freios, embora tenha aprovado a chamada PEC da Salvação, o Senado limitou o prazo de alforria do teto de gastos concedido às despesas com o Bolsa-Família em apenas dois anos.
Na sequência, confirmando a índole perversa daqueles que formam sua maioria, a Câmara dos Deputados reduziu ainda mais o prazo admitido pelo Senado e aprovou a alforria para as despesas propostas para o Bolsa-Família de apenas um ano.
Se, com o atual Congresso está sendo assim, imagine como será com aquele [Congresso] que assumirá a próxima legislatura. Como, enfrentando o ranço, a má vontade e a oposição medieval das bancadas conservadoras e reacionárias eleitas pelos bolsonaristas, Lula vai recolocar o Brasil na trilha do crescimento econômico e do desenvolvimento social?
Alguns dirão que, se cortar os subsídios bilionários concedidos aos ‘amigos do rei’, fazer a reforma tributária prometida ou, mesmo, mudar a lei do teto de gastos, Lula conseguirá os recursos necessários para cumprir o plano esperado pela população. Não será fácil.
O egoísmo preconceituoso dos conservadores e reacionários é muito forte e fará de tudo para manter o obscurantismo bolsonarista que afligiu o Brasil nestes últimos anos.
De qualquer forma, o Povo brasileiro confia no talento, na sensibilidade e na habilidade de Lula para conter e domar os chacais lesa-pátrias desejosos de eternizar o mal no País.