Desde os preparativos do golpe de 2016 , a sociedade brasileira vem passando por muitas modificações.
Uma delas é a rejeição por parte da população da camisa verde-amarela, usada como marca pelos golpistas e, depois, pela extrema-direita bolsonarista.
Este fenômeno, que ficou mais intenso nos últimos quatro anos, repercutiu na forma como os brasileiros passaram a tratar a seleção brasileira de futebol – de paixão e amor-roxo, o sentimento passou a ser de apatia e, nos casos mais extremados, até mesmo de ódio.
Para os mais esquecidos, vale lembrar que, na final da Copa América, em julho de 2021, diante da possibilidade de ver Jair Bolsonaro fazer a entrega da taça à seleção Brasileira, parte da população torceu pela vitória da Argentina – um comportamento inimaginável há alguns anos.
Agora, na Copa do Mundo no Qatar, o fenômeno se repetiu. A despeito dos apelos para ‘reabilitação’ do verde-amarelo (feito até pelo presidente eleito Lula), grande parte dos brasileiros continuou a repudiar a camisa canarinha.
Este sentimento ficou tão forte que, temendo ver o jogador Neymar dedicar um gol ao ainda presidente Bolsonaro (conforme promessa feita por ele próprio na campanha eleitoral), grande parte dos brasileiros vibrou com a contusão que o afastou por alguns jogos. Não foi à toa, portanto, que, na final da Copa do Mundo, a população brasileira se uniu à [população] argentina para torcer pela Argentina contra os franceses e comemorar a conquista do Mundial pelo time de Messi.
Viva Argentina!!! Viva Messi!!