Por trás do ‘amor liberdade’ que dizem professar, os liberais escondem uma aversão às regras – um sentimento tanto mais forte quanto mais extremada for a sua posição [posição politica] e quanto mais restrições lhe forem exigidas.
Na realidade, as únicas regras bem aceitas pelos liberais são aquelas que lhes trazem benefícios.
No fundo, os liberais professam uma espécie de anarquismo ‘organizado’.
Assim, considerando esta natural aversão a qualquer tipo de regra (em seu desfavor) e o condicionamento a que estiveram submetidos nas bolhas de desinformação, muitas das surpresas do tipo ‘o quê foi que eu fiz de errado’ manifestadas pelos golpistas envolvidos no Oito de Janeiro de 2023 ao serem presos, julgados e condenados foram sinceras e, na realidade, indicam o grave desajuste social por eles representado.
Naturalmente, por mais severas que possam parecer, as punições a eles impostas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) são insuficientes para alterar seu modo de pensar.
Se não fossem tão perigosos, talvez fosse o caso de se cogitar numa futura anistia.
Mas não é bem assim.
Os distúrbios comportamentais que afetam aquele pessoal são tão graves que, sem compreender a gravidade da intentona cometida contra um governo legitimamente eleito, não reconhece a pertinência da condenação e, sem qualquer respeito pela lei do País, viola as restrições e foge ou volta a cometer arruaças. Sem cogitar alternativa, o STF precisa redobrar os cuidados com aquela patota de modo a evitar a repetição das bandalheiras.
Com este propósito, o ministro Alexandre de Moraes mandou a Polícia Federal prender mais de 200 golpistas que, sem respeitar as medidas cautelares associadas à liberdade condicional, romperam os lacres das tornozeleiras eletrônicas e, com a ajuda de deputados bolsonaristas, deram início a um processo de fuga para o exterior.
Se não reconhece a necessidade de obedecer a lei, como esse pessoal pode ganhar a liberdade?
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