Ao que parece, desta vez, o ciclo reacionário e autoritário que colocou a América do Sul sob trevas foi mais curto.
No domingo, dando sequência aos avanços já verificados na Argentina, no Chile, no Peru, na Bolívia e na Venezuela, o Povo da Colômbia deu um fim democrático ao atraso e, preterindo o multimilionário Rodolfo Hernández representante do Capital liberal, elegeu o economista Gustavo Petro, um líder que construiu carreira passando pela guerrilha no M-19 e pela construção do movimento político Colombia Humana.
Embora tenha a presença de nove bases militares norte-americanas como herança do corrupto Álvaro Uribe, sob a nova orientação político-econômica, a Colômbia tem a chance de elevar os padrões sociais da sociedade e de contribuir para a estabilidade da região amazônica.
Quando observamos a América do Sul e vemos a presença de Nicolás Maduro na Venezuela, Alberto Fernández na Argentina, Pedro Castillo no Peru, Gabriel Boric no Peru e, agora, Gustavo Petro na Colômbia, sentimos que o mapa ainda está incompleto.
Em outubro, os brasileiros farão a sua parte e torcerão para Jean-Luc Mélenchon (velho admirador do presidente Hugo Chávez) influenciar a posição da Guiana Francesa.
Será uma questão de tempo a chegada do Equador, Paraguai, Uruguai, Suriname e Guiana ao Porto da Esperança.
Aliás, como forma de dar vida longa ao novo período de Luz que começa, mesmo correndo o risco de parecer vingança, os líderes sul-americanos deveriam seguir o exemplo da Bolívia, que encarcerou a golpista Jeanine Añes, e, no momento adequado, fazer o mesmo com seus cancros locais, mantendo sob rédeas curtas figuras execráveis como Alberto Fujimori, Juan Guaidó, Lenin Moreno, Aécio Neves e outros tantos sempre ávidos para ser curvar aos poderosos, preferencialmente com assento na Casa Branca.