Na campanha de 2022, comentando sobre as estripulias de Jair Bolsonaro, em momento de rara inspiração, a jornalista Natuza Nery afirmou que, de tão bizarras, grande parte das imoralidades cometidas pelo ex-presidente não estavam tipificadas na legislação brasileira. “A lei não está preparada para alguém tão surrealista como Jair Bolsonaro’ disse a jornalista da rede Globo.
A jornalista tinha razão e, talvez, a maior prova disso seja o fato de até hoje o meliante Jair Bolsonaro continuar solto, reprisando algumas das imoralidades que cometia nos seus tempos de presidente da república.
Mas, o caso de Bolsonaro não é único.
Agora, por exemplo, em São Paulo, o País assiste a forma desenvolta como Pablo Marçal, um discípulo de Jair Bolsonaro, comete as mais acintosas imoralidades sem que, tempestivamente, a Justiça tenha a chance de conte-lo.
Imagine que, ontem, a 48 horas da eleição, dando vazão aos seus instintos mais rasteiros, o meliante Pablo Marçal falsificou e divulgou um ‘laudo médico’ dizendo que, em 2021, Guilherme Boulos teria sido internado em uma clínica em São Paulo após um surto psiquiátrico por uso de cocaína.
Baixaria pura! Após provar a fraude, Guilherme Boulos acionou a Polícia Federal, que abriu uma investigação para apurar o crime, e, também, [acionou] o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Acontece que o estrago está feito e, como as eleições municipais ocorrerão amanhã, dificilmente o Poder Judiciário terá tempo para fazer algo com eficácia suficiente para reparar as consequências da atitude criminosa de Pablo Marçal – um fora-da-lei que age como se estivesse fora do alcance da Lei.
Leia mais em
www.alexandresanttos.com.br