No sábado, dia 07 de outubro de 2023 – em “consequência devastadora do comportamento israelense, que viola a legitimidade internacional e nega os direitos nacionais do povo palestino”, conforme diz a nota distribuída horas mais tarde pelo embaixador da Palestina no Brasil Ibrahim Alzeben -, o Hamas perpetrou um ataque-surpresa contra o território israelense a partir da Faixa Gaza, a sudoeste de Israel, com o lançamento de 5 mil foguetes e invasão do território.
Números iniciais dizem que, naquela operação, além da morte de 700 israelenses, houve o sequestro de mais de 100 pessoas, as quais além de oferecer escudo vão ser usadas para futuras trocas de prisioneiros.
De imediato, em meio às ilações de que o Irã teria ajudado a planejar o ataque, Israel decretou guerra ao Hamas e iniciou a retaliação, com bombardeios, que, nas primeiras horas, mataram, ao menos, 500 pessoas na Faixa de Gaza e, também, na Cisjordânia.
Ainda é cedo para se afirmar qualquer coisa sobre esta nova guerra que passou a atormentar pacifistas por todo o mundo, mas, tendo em vista a crueldade e infinita superioridade militar dos israelenses – que, diga-se de passagem, contam com total apoio dos Estados Unidos – os poucos territórios ainda controlados pela Palestina vão ser cobertos pelos sangue de velhos, mulheres e crianças inocentes.
Uma coisa é certa: uma Caixa de Pandora foi aberta e ninguém sabe aquilo que está por vir, especialmente porque, se contrapondo ao gosto por sangue da velha guarda da liderança israelense e do não menos velho Joe Biden – que, desde a Casa Branca, vendo a chance de impulsionar ainda mais a indústria bélica norte-americana, já anunciou a intenção de aumentar a ‘ajuda militar’ prestada pelo Pentágono a Israel -, além a viva possibilidade de os israelenses serem atacados ao norte pelo Hezbollah e no sul e na Cisjordânia, pelo Hamas e pela Frente de Liberação da Palestina, não se sabe a posição do Irã, cujo líder supremo, o aiatolá Ali Khamenei, afirmou que o “regime sionista será erradicado pelas mãos do povo palestino e por todas as forças de resistência na região”.
Assim, não há perspectiva de paz e, pelo menos, um cessar-fogo no curto prazo. Os mais pessimistas dizem que o mundo se aproxima do Apocalipse.
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