O país que, pela força, se apresenta como o ‘Reino da Democracia’ constitui, na realidade, um ‘Império do Arbítrio’ governado por um bando fora-da-lei.
Em linguagem figurada, sempre foi assim, pois, embora o discurso oficial falasse na ‘força da lei’, a prática era outra.
Para os Estados Unidos, o respeito a lei e às regras sempre ocorreu da boca para fora.
Aliás, o desdém norte-americano às leis e às regras fica claro quando a lupa observa a não-adesão dos Estados Unidos ao Tribunal Penal Internacional ou [observa] o não-cumprimento das Resoluções da ONU que condenam e determinam a suspensão do bloqueio econômico a Cuba.
Nestes últimos tempos, os Estados Unidos resolveram deixar de lado da discrição e passaram a desrespeitar a lei abertamente.
Donald Trump, por exemplo, nunca revelou qualquer respeito às regras (sequer às rigorosas regras quanto ao trato com documentos considerados secretos pelas autoridades do seu país) ou [revelou qualquer] preocupação com os diversos processos a que responde e, como se tudo não passasse de uma brincadeira de crianças, desdenhou até as condenações que terminaram por vir.
O interessante é que, mesmo condenado por crimes odientos, Donald Trump disputou as eleições presidenciais e, mais ainda – demonstrando que o povo norte-americano também não tem qualquer apreço pelas leis -, o eleitorado votou nele, elegendo-o para o cargo mais importante do país.
Em prova cabal de que o desrespeito às leis é uma característica geral dos Estados Unidos, o agora ex-presidente Joe Biden usou largamente o peso da sua caneta para conceder o chamado ‘perdão presidencial’ aos próprios parentes metidos no crime, indultando o filho Hunter (em dezembro) e, agora, às vésperas de deixar a Casa Branca, [indultando] James B. Biden, Sara Jones Biden, Valerie Biden Owens, John T. Owens e Francis W. Biden – que, uma vez beneficiados com o ‘tudo-pode’, estão livres para voltar a cometer os mesmos crimes.
De sua parte, para não ficar por baixo neste quesito, minutos após assumir o comando da Casa Branca, Donald Trump também lançou mão do perdão presidencial para livrar os bandoleiros que invadiram o Capitólio há quatro anos e, em prova mundial do desapreço do seu país a qualquer tipo de regra, retirou os Estados Unidos do chamado Acordo de Paris.
Não há qualquer dúvida de que os Estados Unidos são um Império do Arbítrio comandado por um bando fora da lei.
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