Há muito tempo, para tonificar a força do Cristianismo, alguns povos começaram a comemorar o aniversário de Jesus Cristo e, na ausência de data melhor para a efeméride, escolheram o 25 de Dezembro.
Pronto! Surgiu o Natal.
Naturalmente, as mudanças no calendário pelos papas Juliano e Gregório perturbaram as agendas originais e, em alguns lugares, a festança mudou de dia (alguns comemoram no 6 e outros no 7 de Janeiro).
De qualquer forma, mesmo sem uma base concreta para confirmar a data, o Natal passou a ser comemorado por todo o mundo. Afinal de contas, independentemente do ‘dia certo’, a chegada do Cristo precisa ser comemorada e, então, VIVA O NATAL!
Assim, num embalo modulado por uma espécie de ‘fake do bem’, o Natal passou a ser representado pelo Menino Jesus, pela manjedoura onde Ele teria nascido, pelo presépio, pela lapinha, enfim, por imagens e circunstâncias capazes de remeter ao nascimento do Deus Menino.
Acontece que o olho grande do Capitalismo (sempre ele) se meteu na história e introduziu costumes e gastos artificialmente associados ao Natal, como os lautos jantares e a tradição de as pessoas trocarem presentes (veja quanta contradição: um farto jantar para representar o nascimento ocorrido num estábulo e o costume de presentear, não o aniversariante, mas os outros, como se cada um fosse o próprio Jesus).
Daí em diante, progressivamente, Jesus foi perdendo espaço na festa comemorativa do seu nascimento, cedendo espaço para os ícones publicitários da época, e o Natal foi se convertendo numa orgia do consumismo e, portanto, num convescote daqueles que têm dinheiro.
Assim, ao invés da manjedoura ou qualquer outra representação da chegada do Cristo, – acossado por novidades como bonecos de neve, renas simpáticas e até soldadinhos -, as árvores de Natal e o Papai Noel (um velhinho rechonchudo, de longas barbas brancas e vestido de vermelho) assumiram a condição de grandes símbolos do Natal.
Assim, mesmo que tenham Jesus no coração, os sem-dinheiro ficam apartados do Novo Natal que anima a festança dos endinheirados.
Sinceramente, acho o aniversariante não está satisfeito com o que fizeram com a comemoração da Sua chegada.
Feliz Natal para todos!!!
Leia mais em
www.alexandresanttos.com.br