Estamos de volta às chuvas. Ainda não são os maiores temporais esperados para o ano climático, mas os estragos já começaram a aparecer por todo o País, nos avisando da iminência de graves desastres envolvendo prejuízos familiares e vítimas fatais, especialmente nas encostas de morros instáveis e nas margens de cursos d’água ocupados pelas populações mais pobres.
Aliás, o abandono dado ao setor da construção popular (como, de modo geral, a todos os setores) pelo governo governo recrudesceu o déficit habitacional, que, segundo a Fundação João Pinheiro atinge mais de sete milhões de famílias.
Assim, sem prejuízo das ações em outros campos, principalmente no combate à fome, o governo Lula precisa dedicar atenção especial à oferta de um teto digno a todos os brasileiros, estimulando a construção de moradias populares. Aliás, como sabem os economistas e os engenheiros, além de resolver o grave problema do desabrigo, a dinamização da construção civil funciona como uma correia de transmissão que traciona toda a economia, animando a vasta rede que se articula com o setor, gerando empregos e distribuindo renda.
Naturalmente, para esta necessidade social e possibilidade econômica se confirmarem, além da decisão do poder executivo, é preciso que o congresso nacional assegure as verbas necessárias.
De qualquer forma, fica o lembrete que, junto com a realização do direito a um teto digno, a construção de moradias oferece grande estímulo a economia do Pais, gerando a prosperidade e os empregos indispensáveis ao bem-estar de todos.