O Recife amanheceu um pouco mais pobre.
Na véspera, um incêndio atingiu o Mercado da Encruzilhada, na zona norte da cidade, e, rapidamente, consumiu dez boxes, deixando outros trinta sem condições de uso.
Vale dizer que, infelizmente, este era um desastre previsível e seu acontecimento chama atenção para alguns aspectos.
De fato, mais do que prejuízos financeiros, ao lado das preocupações com importância do equipamento para a dinâmica comercial e social da região, este desastre levanta outros questionamentos, inclusive sobre a política de manutenção dos prédios públicos na Brasil e sobre a crise econômica que insiste em perturbar as pessoas.
Com efeito, inserido no panorama geral de descaso com as obras e equipamentos e dos problemas econômicos das pessoas, o Mercado Público da Encruzilhada foi vítima da triste combinação de deficiências na política de preservação dos prédios [que mantém fiações desguarnecidas] e na renda das pessoas [tentando-as, por exemplo, a roubar fiações expostas].
Sabendo que a solução definitiva do problema passa por uma mudança radical na forma como as autoridades tratam a política de manutenção das obras e equipamentos e [passa] pela elevação da renda das pessoas, a cidade espera que a prefeitura recupere o Mercado Público da Encruzilhada a tempo de a sociedade recifense comemorar o seu primeiro centenário.
Que, um dia, os desastres deixem de ser previsíveis! Que, um dia, ninguém seja levado ao furto por problemas de natureza econômica.
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