Ontem, em solenidade marcada pela presença das maiores autoridades da república, a ministra Rosa Weber foi empossada na presidência do Supremo Tribunal Federal, a mais elevada instância do Poder Judiciário do Brasil.
Pois bem.
Em atitude acrescida a todas já presentes no vasto dossiê das suas incompatibilidades com o cargo que ainda ocupa, talvez por não ter conseguido compreender as responsabilidades institucionais da presidência da república, Jair Bolsonaro não compareceu, despertando e estimulando muitas observações.
Em sua defesa, correu a turma do Capetão, dizendo que, sendo um ‘ambiente hostil’, Bolsonaro teria feito muito bem ao não prestigiar a posse da nova presidente do STF.
Como isso pode ser aceitável, se todos os ensinamentos falam na harmonia e independência dos poderes executivo, legislativo e judiciário? Será que Bolsonaro, que tenta a reeleição para o cargo, pensa governar o País em desarmonia com o Judiciário ou, pior, em subordiná-lo (subordinar o Judiciário)?
Outros interpretaram a ausência de Bolsonaro como um reconhecimento da derrota que, muito provavelmente, sofrerá nas eleições de 02 de outubro.
Outros falam em falta de educação, grosseria e desrespeito.
Os mais pessimistas relacionam a ausência de Bolsonaro à senha do hipotético golpe de estado em preparação nos porões do ministério da Defesa.
Qualquer que tenha sido a razão, a ausência de Bolsonaro o livrou de ouvir a bela oração em louvor da Democracia feita por Rosa Weber em seu discurso de posse.
Por outro lado, a ausência de Jair Bolsonaro [na posse da nova presidente do STF] confirma a sua natureza obtusa.
Não há dúvidas de que Jair Bolsonaro é um ser completamente despreparado para ocupar a presidência da república do Brasil.