Um dia, quem sabe ainda no próximo quartel do século XXI, considerando o seu apreço e o impulso dado a todos os valores negativos, os ‘tempos de Bolsonaro’ (que se estendem para além do mandato de Jair) serão incluídos na relação acadêmica dos piores momentos da Humanidade.
Agora, por exemplo – ao tempo que, por acreditar nas asneiras ditas, estimuladas e acolhidas por Jair Bolsonaro (situação comprovada pelos resultados eleitorais no RS), a população gaúcha amarga a pior tragédia ambiental na região -, em meio a ridículas comemorações, a bancada bolsonarista no Congresso Nacional aplicou um rude golpe na Democracia e, colocando a disseminação das Fakenews ao largo do código penal, decide que pregar mentiras para confundir e deliberadamente induzir o eleitor à erro não é crime.
Com efeito, ontem, em reunião conjunta da Cãmara dos Deputados e Senado da República, reforçada pelo apoio dos fisiologistas e das bancadas do Boi, da Bala e de Belzebu, os bolsonaristas reuniram 317 votos (contra 139) e conseguiram manter o veto colocado em 2021 por Jair Bolsonaro à chamada Lei dos Crimes contra o Estado Democrático de Direito, determinando que a produção e disseminação de Fakenews não serão punidas criminalmente.
Observadores experimentados afirmam que, no fundo, este rude golpe contra a Democracia significa uma espécie de ‘legislação em causa própria’, pois, como nunca produziram qualquer coisa de útil e, via de regra, estão metidos em falcatruas, se não tiverem liberdade de mentir, nenhum bolsonarista conquistaria cadeira parlamentar ou que representaria a sua debacle.
Nesta perspectiva, além de tudo que representa para a Democracia, as eleições serão palco para a disputa entre a Verdade e a mentira.
Como bom homem de Deus, já escolhi meu lado: ficarei do lado da Verdade.
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