Dizem que eu não largo o pé de Jair Bolsonaro. Mas, o que posso fazer se ele [Bolsonaro] não me deixa alternativa. O bicho é muito ‘ruim de serviço’.
Imagine que, mesmo sabendo do baixíssimo índice de preferência entre as mulheres, ele não conseguiu controlar o jeito-Bolsonaro-de-ser e, no debate com presidenciáveis realizado pela Band no domingo, tratou de agredir e despejar grosserias e deselegâncias na jornalista Vera Magalhães (cujo pecado é ser jornalista) e nas senadoras e igualmente candidatas Simone Tebet e Soraia Thronicke (que têm o ‘pecado’ de discordar dele).
O Quadrúpede se deu mal. Claro.
Os demais candidatos se solidarizaram com as mulheres ofendidas e aproveitaram para tirar uma casquinha dele. Sem direito à voz no momento, a jornalista Vera Magalhães foi forçada a engolir a raiva e, com certeza, vai destilar ressentimento pelo resto da vida, falando mal do Capetão Bolsonaro sempre que puder. A reação das senadoras, no entanto foi imediata e se usaram como exemplo vivo da misoginia e preconceito como Bolsonaro trata as mulheres. Soraia Thronicke foi mais longe e, pedindo reforço na própria segurança, disse que vai ‘contar tudo’ (ela ainda não cumpriu a ameaça e, com ansiedade, o País aguarda suas denúncias). Pelo eleitorado feminino, evidentemente, a rejeição ao quadrúpede aumentou.
O fato é que Bolsonaro tem um problema sério com as mulheres.
Não deve ser sem razão que, mesmo se dizendo homem conservador, o Capetão já esteja no quarto casamento e se refira a própria filha como ‘uma fraquejada’.
Há quem diga que, após o aguardado 31 de dezembro, quando retornar à planície, Bolsonaro usará sua notória incompatibilidade com as mulheres (assim como com negros, com pobres, com gays e com todo o mundo) para comprovar doença mental e, assim, escapar da prisão. Eu acredito.