Embora não tenham expurgado as ações bélicas do seu repertório, nestes tempos modernos, as forças conservadoras e reacionárias têm recorrido à guerra híbrida para operar os golpes que as colocam e mantém no poder.
Ao lado das fakenews usadas como instrumento regular de ação política, o arsenal da guerra híbrida reserva lugar de destaque às operações de Lawfare – manipulação do aparato jurídico como arma política.
Lembrados do modo como os golpistas apearam Dilma Rousseff da presidência da república e impediram Lula de disputar as eleições de 2018, os brasileiros estão familiarizados com o tema e, com maior ou menor clareza, percebem o uso da lei como arma política.
A América do Sul vem sendo palco de muitas operações de Lawfare – lembremos, por exemplo, a situação de Rafael Correa, no Equador, e de Pedro Castillo, no Peru.
Atualmente, a operação de Lawfare mais evidente ocorre na Argentina, onde os conservadores e reacionários querem imobilizar Cristina Kirchner para retornar a Casa Rosada.
Naturalmente, recorrendo aos mais diversos métodos – atos públicos, como aquele realizado semana passada no Centro Cultural Kirchner, greves de fome, como aquela liderada pelo padre Paco Olveira, entrevistas, distribuição de notas, etc. – as forças democráticas tentam demover os tribunais.
De sua parte, comprometido com o bem estar da humanidade, o Papa Francisco se manifestou recentemente e, usando o método indireto de dizer as coisas, numa alusão clara ao Lawfare, afirmou que ‘Lula foi condenado injustamente’ e ‘Dilma tem mãos limpas’.
Embora falassem sobre algo acontecido no Brasil, o alvo das palavras do Papa é a Argentina, onde a direita vem usando o mais grosseiro Lawfare para impedir Cristina Kirchner de disputar as eleições.
Que as palavras do Papa sejam ouvidas e o povo argentino não fique impedido de votar livremente,
Viva Francisco!!!
Viva a Democracia!!!
Abaixo o Lawfare!!!
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