E a guerra no leste europeu, como vai? Vai do jeito que o diabo gosta e [do jeito] que a Casa Branca quer.
Antes do início das operações militares, para evitar a guerra, a Rússia queria apenas que o governo da Ucrânia dissesse que não queria entrar para a OTAN. Um coisa que seria muito simples, se não fosse a intervenção dos EUA, que (não se sabe a argumentação utilizada) proibiram o presidente Volodymyr Zelensky de aceitar a exigência do Kremlin. A guerra começou e, naturalmente, as exigências russas passaram por uma escalada. Foram acrescidas de exigências referentes ao desmonte do aparato institucional nazista, incluindo o Batalhão de Azov, e ao reconhecimento da independência das Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk.
Enquanto isso – ao tempo que, de forma indireta através da OTAN ou de forma direta, [os EUA] capitanearam um embargo geral à Rússia, incluindo aspectos econômicos, diplomáticos e até culturais -, os EUA incentivaram a guerra através da injeção de armas no valor que alcançam US$ 40 bilhões (pagos diretamente à indústria armamentista norte-americana).
Considerando os estonteantes lucros advindos da destruição, da morte e do sofrimento perpetrados à Ucrânia e aos ucranianos, nada leva a crer que a guerra no leste europeu vá terminar tão cedo. Pelo contrário.
Nestes últimos dias, orientado pela diplomacia norte-americana, o Parlamento da Ucrânia estendeu a lei marcial no país por mais 90 dias, garantindo guerra até pelo menos 23 de agosto. Até lá, sabendo que Volodymyr Zelenskyy não terá condições de segurar as tropas de Moscou, os EUA terão tempo suficiente para organizar os grupos nazistas e mercenários em torno de uma ‘Resistência Democrática da Ucrânia’ para dar continuidade à guerra.
A guerra no leste europeu atende aos interesses comerciais da indústria bélica norte-americana e não vai terminar até o dia que Tio Sam resolver matar gente em outro lugar.