Com evidentes razões, sempre que acossados pela realidade, os judeus evocam a perseguição que têm sofrido ao longo da história, especialmente do regime nazista, para realçar a sua condição de ‘vítima’.
Esta verdade histórica vem servindo de salva-conduto e biombo para tudo o que os judeus e os israelenses fazem (ou deixam de fazer).
Acontece que, do ponto de vista concreto, o governo de Israel é tão filho-da-puta e tão terrorista como os mais filhos-da-puta e mais terroristas que já atacaram e já perseguiram o Povo judeu e israelense.
Quem duvidar, basta um relance sobre o massacre de milhares de refugiados civis palestinos e libaneses perpetrados pelos israelenses em setembro de 1982 em Sabra e Chatila, na periferia sul de Beirute, então sob ocupação das forças armadas de Israel.
É pouco?
Veja, então, o que Israel vem fazendo nos dias correntes na Faixa de Gaza, torturando e matando lentamente quase dois milhões de pessoas – incluindo velhos, mulheres, grávidas e crianças -, privando-as de água, comida, remédios e tudo o mais necessário para manter a vida.
Para ser ter ideia da desumanidade de Israel observe que, enquanto a Rússia criou vários corredores humanitários para evacuação de civis na Ucrânia, Israel bloqueou a Faixa de Gaza para sufocar e matar a população palestina.
Não há de que o governo de Israel não tem índole melhor do que aqueles que perseguiram judeus no passado.
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