Em 2016, no embalo do conluio geral que, no dizer do lesa-pátria Romero Jucá, fora organizado ‘com o Supremo, com tudo’, o Brasil foi vítima de um golpe de Estado.
De formulação complexa, o golpe previa não só a destituição de Dilma Rousseff, mas, também, a dissolução do PT e a destituição da imagem política de Lula. Neste processo, os golpistas só foram bem sucedidos no primeiro item. Assumiram a presidência, mas perderam o controle do processo golpista e, sem conseguir emplacar um presidente do PSDB, precisaram renovar o golpe para impedir que as forças humanistas voltassem ao Planalto.
Este é o pano-de-fundo da condenação sem crime imposta a Lula por Sérgio Moro – bandido que, depois do merecido título de JuizLadrão (confirmado pela escutas divulgadas pelo herói Walter Delgatti) e de JuizParcial (atribuído pelo STF, que anulou todas as condenações por ele impostas a Lula), foi reconhecido como desonesto pelo Conselho de Direitos Humanos, a Organização das Nações Unidas (ONU).
Para quem não lembra, até a um mês antes da eleição de 2018, Lula liderava todas as pesquisas de intenção de voto com 40% das preferências. Sérgio Moro, então, entrou em ação e condenou Lula para torná-lo inelegível. Sem Lula no páreo, Jair Bolsonaro, que aparecia na segunda posição, com apenas 17% dos votos, foi beneficiado e se elegeu presidente da república.
Pois bem. O tempo passou. Ao tempo que o Brasil experimentou o pior governo de todos os tempos, a verdade prevaleceu e desnudou a articulação golpista e seus mentores. Agora, com quatro anos de atraso, enquanto Lula se prepara para voltar ao Palácio do Planalto pelos braços do Povo, os golpistas, incluindo o JuizLadrão, tentam escapar da lama da história e das merecidas condenações que os aguardam.