O governo Bolsonaro – que, como sempre insistimos, é o mais corrupto da história do País – tem íntimas ligações com o crime organizado, apresentando ‘bandidos de estimação’, sobre os quais lança um manto protetor para mantê-los imunes às investigações policiais e, quando necessário, ao largo das punições judiciais.
Àqueles que duvidam disto, recomendo um rápido sobrevoo na história recente do Brasil.
Não precisa chegar aos próprios filhos e esposa do presidente Bolsonaro, cujos casos rumorosos foram soterrados no vale profundo dos ‘cem anos de sigilo’ (que escondem alguns dos casos mais escabrosos já acontecidos no Pais).
Não se pode, no entanto, esquecer que Fabrício Queiroz, então ‘o homem mais procurado pela PF, por ser a peça-chave do esquema das rachadinhas’, ter sido encontrado na condição de hóspede de honra do jurista Frederick Wasseff, advogado pessoal da família Bolsonaro.
Não se pode, também, esquecer a punição aplicada ao delegado federal Alexandre Saraiva que denunciou o envolvimento dos senadores Jorginho Mello e Telmário Mota, da deputada federal Carla Zambelli e do então ministro Ricardo Salles nas máfias em atuação na selva amazônica.
Os casos de cumplicidade e anuência de Jair Bolsonaro com o crime são muitos, mas, talvez, o mais descarado tenha sido a Graça Presidencial concedida ao fascista Daniel Silveira, horas depois da sua condenação a 8 anos e 9 meses de reclusão pelo STF.
De qualquer forma, o caso mais acintoso é a nítida proteção ao governo Bolsonaro ao trambiqueiro e golpista Allan dos Santos – que, avisado da expedição de mandado de prisão preventiva decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, pode fugir para os EUA, onde continua praticando crimes contra a Democracia brasileira (conforme viu-se no recente ataque aos ministros do STF em Nova York), sem qualquer risco de ser recambiado para o Brasil, pois os pedidos de extradição já despachados pelo STF não conseguem circular na burocracia do governo Bolsonaro.
O comprometimento de Jair Bolsonaro com o crime é vergonhoso e se soma às mazelas do governo que expira em 31 de dezembro de 2022.
Têm razão aqueles que apostam na inevitável prisão de Bolsonaro quando do seu retorno à planície. Ele merece.