Hoje, acolhendo uma preocupação geral, o Conselho de Segurança da ONU se reuniu para apreciar o ataque aéreo feito ontem pelo Irã ao território de Israel.
Na ocasião, conforme esperado, houve uma espécie de unanimidade do discurso dos representantes das chamadas potências ocidentais (Estados Unidos, Reino Unido e França), tratando o Irã como país-agressor.
De fato, – a exemplo do ocorrido no início da guerra na Faixa de Gaza, quando, como se a população palestina nunca tivesse sido desrespeitada e a culpa da guerra coubesse exclusivamente ao Hamas, Israel foi tratado pelas ‘potências ocidentais’ como vítima -, na reunião de hoje, como se Israel nunca tivesse insultado os vizinhos e não tivesse bombardeado a embaixada do Irã em Damasco no início do mês, as potências ocidentais trataram o governo de Teerã e o ‘regime dos aiatolás’ como “um país terrorista, que precisa ser contido pelo bem da humanidade”.
Acontece que, dada a repercussão da nota distribuída ao final dos ataques pelo Irã, as potências ocidentais não poderão impor a sua narrativa com facilidade.
Aliás, a esta altura, todos sabem a razão que levou o Irã a realizar seu ataque legal e [sabem] que caberá a Israel (e aos Estados Unidos) a responsabilidade pelos seus eventuais desdobramentos.
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