Esquecido de que é presidente da república e, ainda, de que fazer campanha antecipada é crime eleitoral, desrespeitando a Lei e as crenças alheias, Jair Bolsonaro está imerso em uma série de atividades político-eleitorais caracterizadas pela grande concentração de pessoas reunidas por razões diversas (e que, sem saber, têm as suas imagens usadas em peças de campanha).
Marcado pelo egoísmo e pelo desrespeito aos preceitos culturais, interessado apenas em se aproveitar das pessoas e das situações, Bolsonaro tem participado de festas populares com nítidos propósitos eleitorais.
Acrescentando gravidade a estes gestos ilegais e, mesmo, imorais, já há muito tempo, contando com a cumplicidade de pastores inescrupulosos, Bolsonaro tem participado de eventos evangélicos com o objetivo de associar a aglomeração popular à sua presença.
Nesta perspectiva, Bolsonaro e sua turma instrumentalizam as multidões reunidas pela fé, dizendo-as ‘bolsonaristas’. Ou seja: as pessoas se reúnem, por exemplo numa Marcha para Jesus – com o objetivo de louvar, orar e manifestar a sua fé – e, sem saber, são apresentadas ao público como partidários de Jair Bolsonaro.
Na realidade, os cristãos sabem (e os pastores inescrupulosos que o acompanham também devem saber), ao agir desta forma, de alguma forma, Bolsonaro assume o lugar do próprio Jesus, cometendo não só um tipo de estelionato com a apropriação da identidade Dele, mas, também, viola o segundo mandamento da lei de Deus (Não usar o Seu santo nome em vão).
Sem qualquer freio moral, com objetivos políticos-eleitorais, Bolsonaro não titubeia em violar as leis, sejam elas dos homens ou de Deus.
Este homem é um perigo para a Humanidade. Ainda bem que seu mandato está no fim.