Em 07 de abril de 2018, na sequência da odienta operação Lawfare liderada pelo conluio de figuras execráveis como Sérgio Moro e Deltan Dallagnol que renovou o golpe de 2016, Lula foi recolhido a uma cela no prédio da Superintendência Regional da Polícia Federal, no Paraná, onde ficou preso por exatos 1 ano, 7 meses e 1 dia (580 dias).
Mesmo revoltado por saber-se inocente (mas confiando em que, um dia, a verdade viria à tona e a justiça prevaleceria), Lula aguentou firme. Não esmoreceu, nem caiu na vala dos covardes adeptos do mi-mi-mi sem causa.
Entregou-se à leitura, à atividades de fortalecimento do corpo, da mente e do espírito e à formulação de estratégias para a retomada da Democracia no País, rejeitando todo e qualquer acordo capaz de restituir-lhe a liberdade em troca de concessões a valores como honra, verdade e outros igualmente importantes aos Estadistas.
Lula só deixou o cárcere em 08 de novembro de 2019, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu as ilegalidades cometidas contra ele, anulou as condenações e o isentou das falsas acusações.
Na visada inversa do exemplo dado por Lula, a história conta o caso do golpista Anderson Torres – o ministro da justiça de Jair Bolsonaro que, ao longo de uma curta carreira na alta gestão do País, envolveu-se no planejamento e operação de um golpe de Estado que pretendia manter seu chefe na presidência da república.
Pois bem.
Em 14 de janeiro de 2023, atendendo a determinação do ministro Alexandre de Moraes no curso das investigações do Oito de Janeiro, Anderson Torres foi preso e encaminhado ao 19º batalhão da Polícia Militar do Distrito Federal.
De espírito fraco e consciência pesada, ao tempo que as investigações apontavam novas provas sobre seu envolvimento na tentativa de golpe, Anderson Torres se exasperou e entrou em depressão profunda.
Pudera!
De um momento para o outro, se viu atormentado pelas possibilidades de 1) guardar a omertá, assumindo responsabilidades de outros, e, em consequência, permanecer preso por longo período ou 2) negociar a delação premiada que poderia encurtar-lhe a pena, mas, em compensação, o colocaria sob permanente risco de vida.
Não se sabe exatamente o que aconteceu, mas, ontem, 117 dias após a sua prisão, completamente humilhado e indefeso diante do montão de provas que pesam contra si, Anderson Torres foi liberado em regime de ‘liberdade provisória’.
Aliviado e sorridente como um réles bandido (que, de fato, é), Anderson Torres não sentiu a honra arranhada pelas medidas cautelares a ele impostas, inclusive e obrigação de usar tornozeleira eletrônica, não usar redes sociais e entregar passaportes à Justiça.
Acho que coisa parecida pode acontecer com o ainda tenente-coronel Mauro Cid.
Não se sabe o que acontecerá quando chegar a vez de Jair Bolsonaro.
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