Uma das coisas que levam à crença na decisão de Jair Bolsonaro tentar um golpe de Estado no [probabilíssimo] caso de ele perder as próximas eleições é o comportamento do seu ídolo Donald Trump diante da derrota para Joe Biden, quando, após questionar o resultado das urnas, liderou uma frustrada invasão ao Capitólio.
Na ocasião, diante do fracasso do golpe de Estado, para blindar-se das garras da lei, Trump pensou no impensável e cogitou conceder o indulto presidencial a si próprio.
Como Trump não o fez, Bolsonaro também não o fará.
Isto, no entanto, não significa que Bolsonaro tenha abandonado a ideia. Na realidade, vendo diminuir rápida e progressivamente as chances de sua recondução ao Palácio do Planalto (não só pela repulsa popular ao seu nome, mas, também, pela rejeição da ideia do golpe por expressivos seguimentos do generalato), Jair Bolsonaro parece decidido a conseguir uma forma de manter-se ao largo da lei e, consequentemente, fora das prisões.
Este é o propósito da PEC em formulação pelo Centrão para criar o cargo de ‘senador vitalício’ para os ex-presidentes, dando imunidade e garantias de liberdade para Jair Bolsonaro.
Isto não será fácil, pois, mesmo se esta imoralidade for aprovada pelo Congresso Nacional, Bolsonaro ainda permanecerá na alça de mira do Tribunal Penal Internacional, onde responde por vários crimes, inclusive Genocídio contra as populações indígenas e assassinato em massa por desleixo no enfrentamento à pandemia de Coronavírus.
De tudo isto, tem-se como certo que os dias de Bolsonaro no Palácio do Planalto estão contados. Encerram em 31 de dezembro de 2022. Graças a Deus!!!