Abrindo uma nova temporada no imaginário daqueles que se consideravam acima da lei, ontem, em ação no âmbito da chamada operação Lesa-pátria – esforço com objetivo de identificar quem planejou, financiou e incitou atos antidemocráticos no período entre outubro de 2022 e o início de 2023 -, com a devida autorização do ministro Alexandre de Moraes, a Polícia Federal cumpriu um mandato de busca e apreensão em endereços ligados ao deputado Carlos Jordy, líder da bancada da extrema-direita na Câmara dos Deputados, em Brasília e em Campos dos Goytacazes.
Além de arrepiar os cabelos do golpista Carlos Jordy (que já anteviu a sua inevitável prisão), a incursão da Polícia Federal tocou rebu nas hostes extremistas, pois, de repente, num estalar de dedos, todos perceberam que estão ao alcance da Justiça.
Em comportamento cuja natureza se inspira no ‘Jus sperniandi’ e, talvez, constitua uma técnica de defesa prévia, a extrema-direita tratou de espernear, creditando a ação da Polícia Federal a todo tipo de irregularidade – uns falaram em arbítrio, outros falaram em perseguição, outros, ainda, falaram em autoritarismo.
A deputada Carla Zambelli (que ninguém sabe porque ainda não foi presa) chegou a falar na constituição de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para (pasmo!) ‘apurar o abuso de autoridade do ministro Alexandre de Moraes’.
De qualquer forma, esta ação da Polícia Federal deixou claro que as investigações sobre os atos antidemocráticos continuam e nenhum golpista está a salvo.
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