Acho que jamais um presidente da república mentiu tanto quanto Jair Bolsonaro. As agências de verificação e checagem de fatos já perderam as contas das mentiras pregadas por ele [por Bolsonaro] – um leque que chega às milhares e percorre longo caminho salpicado por Fakenews, incluindo a duvidosa facada que o livrou dos debates na eleição passada, passando pelos comentários sobre ‘virar jacaré’ e ‘pegar Aids’ com a vacina anticovid e garantir o bolsa-família de R$ 600 no próximo ano.
O homem é tão cascateiro que, entre as promessas eleitorais deste ano, está (pasme) ‘cumprir as promessas eleitorais de 2018’. É muita cara-de-pau.
Acontece que, a cada dia, menos pessoas acreditam e mais pessoas se dispõem a participar das encenações armadas por ele.
Neste embalo, as mentiram afloram com maior frequência e rapidez. Ele continua a mentir sem piscar, mas, rapidamente, alguém ou algo o contradiz.
Agora, por exemplo, em plena campanha eleitoral, desmentindo o candidato Bolsonaro, na proposta de orçamento para 2023 enviada pelo próprio governo Bolsonaro ao Congresso Nacional não há qualquer previsão para a elevação do valor do bolsa-família por ele prometido. Há, sim, a previsão de R$ 19,4 bilhões para o chamado ‘orçamento secreto’, mas nem um centavo para a manutenção do valor do bolsa-família.
Ora, se o próprio governo o desdiz, por que a população vai acreditar nas palavras e promessas de Bolsonaro?
Fico imaginando como alguém que não inspira a menor confiança nas pessoas pode querer ser presidente de um país.
Ser considerado mentiroso talvez seja uma das razões que fazem Bolsonaro ser rejeitado por 52% da população brasileira (inclusive por mim).